“Naquele tempo, Abias, filho de Jeroboão, adoeceu …… Todo o Israel o pranteará e o sepultará. Ele será o único da casa de Jeroboão que será sepultado, porque nele se achou alguma coisa boa para com o Senhor, Deus de Israel, na casa de Jeroboão.” (I Reis 14:1,13)
O texto acima faz referência a Abias filho de Jeroboão – rei de Israel. Não deve ser confundido com Abias filho de Roboão – rei de Judá (1 Reis 15:1).
É destaque o que se diz sobre esse filho de Jeroboão ressaltando haver sido achada nele “coisa boa para com o Senhor”. É interessante que se trata de um menino e que adoecera, vindo a morrer de tal enfermidade (1 Reis 14:1), mas, de alguma forma, este menino foi o único da casa de Jeroboão a ser enterrado, pois os demais foram devorados pelos cães ou aves (1 Reis 14:11). Jeroboão foi um rei idólatra em Israel e conduziu o povo ao pecado, perversão e idolatria. No entanto, surpreendentemente, houve no coração de seu filho Abias “coisa boa para com o Senhor”.
O nome dele (ainda que tal fato não seja determinante de expressão de vida) tem significativa importância, pois o sentido é “Iavé é pai”, isto é, Deus é pai. Claro que não foi apenas algo do nome o elemento a lhe dar este destaque nas Escrituras e se “achar nele coisa boa”, nem tampouco o privilégio de ser honrado com sepultura digna.
Seu pai, como disse, era idólatra e sua mãe (egípcia) era, igualmente, pessoa que não tinha vínculo com o Senhor. Como foi então que tal fato se tornou presente na vida de Abias? É um mistério sem indicação clara na Bíblia com relação à sua solução. No entanto, podemos admitir duas possibilidades:
1ª) Poderia se cogitar que fosse um bebê e, como tal, salvo pela graça de Deus na Pessoa de Cristo, a qual nos livrou de toda condenação gerada pelo pecado de Adão, portanto, a “coisa boa” seria a graça redentora em seu coração.
2ª) Poderia ser o fato de haver sido instruído sobre a genuína e verdadeira fé em Iavé, levando-o, mesmo sendo menino, a entregar-se a Ele e tê-lo como seu Senhor.
Caso a hipótese verdadeira seja a segunda, a pergunta é como isso teria acontecido sendo o pai e a mãe idólatras? A resposta estaria na influência recebida de uma criada ou algum instrutor temente a Deus.
Neste caso podemos perceber a importância da influência nossa sobre os meninos e meninas em sua formação. Pais, mães, professores de criança da EBD, plantonistas do berçário, participantes dos “cultos infantis”, empregadas domésticas e ou professores (as) vejam que coisa maravilhosa (mas que responsabilidade) a possibilidade de ser instrumento de salvação de uma criança (menino ou menina), levando-o a conhecer a Deus e fazendo com que possa haver em seu coração “coisa boa para com o Senhor”.
Creia, invista, ore e clame por aqueles que você tem podido orientar, educar, criar ou instruir, a fim de que Deus realize a obra de salvação na vida deles.
Rev. Paulo Audebert Delage
E-mail: paulodelage@hotmail.com
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Paulo A. Delage é pastor emérito da Igreja Presbiteriana de Vila Mariana.
Tem vários livros publicados.
Tem sido preletor em Congressos Nacionais da APEC